[Fanfic] A Família Psíquica Inacreditavelmente Desastrada (e um Pouco Romântica)

04 Abr, 2025 por W~W

Mob, Tatsumaki and Saitama walking down the street

O sol de Z-City castigava como de costume, mas no apartamento de Saitama, o nível de caos era… estratosférico. Esqueça monstros gigantes; a verdadeira ameaça era um garoto de cinco anos com poderes psíquicos instáveis e pais com personalidades que se chocavam como titãs.

Saitama estava tentando desesperadamente assistir a um documentário sobre vendas de supermercado, mas seus esforços eram constantemente interrompidos por objetos levitando aleatoriamente e os debates acalorados entre sua esposa, Tatsumaki, e seu filho, Mob.

Tatsumaki, flutuando a um metro do chão com uma xícara de chá tremendo em sua mão telecinética, repreendia Mob por tentar usar seus poderes para pegar um biscoito que estava fora de seu alcance. "Mob Kageyama! Quantas vezes eu disse? Controle sua telecinese! Você quase derrubou a estante de mangás do seu pai!"

Mob, com os olhos marejados e uma aura azul começando a brilhar intensamente, murmurou: "Mas eu só queria um biscoito…"

"Um biscoito que estava a dois centímetros da sua mão!" retrucou Tatsumaki, sua voz elevando-se perigosamente. "Você precisa aprender autossuficiência!"

Saitama suspirou, pegando o biscoito e entregando ao filho. "Pronto, Mob. Sem drama."

Tatsumaki lançou um olhar mortal para Saitama. "Você não está ajudando, seu idiota! Ele precisa aprender a se controlar!"

"Ah, qual é, Tornado do Terror," Saitama respondeu, pegando outra lata de refrigerante. "Por um biscoito? Relaxa. Quando ele tentar levantar um prédio, aí a gente se preocupa."

Essa era a dinâmica normal da família Kageyama-Saitama. Um herói incrivelmente forte e absurdamente apático, uma esper nível dragão com um temperamento explosivo e um garoto adorável com o potencial de destruir o planeta se ficasse muito chateado. Como eles foram parar nessa situação? Bem, digamos que uma noite particularmente tensa após uma luta contra um monstro psíquico deixou mais do que apenas destroços. Nove meses depois, Mob chegou, para a surpresa (e pavor secreto) de ambos.

Um dia, Mob chegou da "escolinha de superpoderes para crianças" (uma ideia de Tatsumaki que Saitama achava ridícula) com um desenho. Era uma representação vibrante e caótica dos três. Saitama tinha um sorriso bobo e um halo (desnecessário, na opinião dele), Tatsumaki estava envolta em uma aura verde ameaçadora, e Mob estava no meio, com raios azuis saindo de suas mãos.

"Olha, Pai! Olha, Mãe!" Mob exclamou, radiante. "A professora disse que minha aura está ficando mais forte!"

Tatsumaki pegou o desenho com um floreio telecinético, examinando-o com uma expressão que misturava orgulho e crítica. "As cores estão boas, Mob. Mas sua mãe não tem um cabelo tão… espetado para cima. Parece um ouriço."

"É seu charme," Saitama comentou distraidamente, voltando para seu documentário.

Tatsumaki o fuzilou com o olhar. "Charme? Seu senso de estética é inexistente!"

À noite, depois de uma batalha épica para colocar Mob na cama (que envolveu leitura telecinética de um livro infantil e Saitama cantando uma canção de ninar desafinada), Saitama e Tatsumaki finalmente tiveram um momento de paz relativa na sala de estar destruída (resultado de um "pequeno" desentendimento sobre quem lavaria a louça).

Tatsumaki estava flutuando perto da janela, observando as luzes da cidade. Saitama estava no sofá, massageando as têmporas.

"Ele tem seus momentos," Tatsumaki admitiu, a voz mais suave do que o normal.

"Quem, o Mob ou você?" Saitama brincou, recebendo um olhar fulminante em troca. "Tô brincando, Tatsumaki. Ele é um bom garoto."

"Ele puxou a mim," ela disse com um aceno de cabeça. "A determinação, a inteligência…"

"E a tendência a explodir coisas quando está chateado," Saitama completou, sorrindo levemente.

Tatsumaki flutuou até ele, parando bem na sua frente. "Você não se arrepende, não é?"

Saitama olhou para cima, encontrando seus olhos verdes intensos. Ele pegou a mão dela, puxando-a para baixo até que ela estivesse sentada ao seu lado no sofá (uma raridade que ele apreciava).

"De ter vocês dois na minha vida? Mesmo que às vezes pareça que um furacão passou por aqui?" Ele apertou a mão dela. "De jeito nenhum, Tatsumaki. É… interessante. E, sei lá, até que gosto dessa nossa bagunça."

Um pequeno sorriso curvou os lábios de Tatsumaki. Ela inclinou a cabeça e deu um beijo rápido e surpreendentemente terno na bochecha de Saitama.

"Você é um idiota," ela murmurou, embora não houvesse real veneno em suas palavras.

Saitama riu baixinho e passou o braço pelos ombros dela, puxando-a para mais perto. "E você é a esper mais poderosa e mandona que eu conheço. Mas ei, de alguma forma a gente faz funcionar, não é?"

Tatsumaki and Saitama sitting on the sofa at night and hugging each other

Lá estavam eles, o herói mais forte do mundo e a esper mais poderosa, um casal improvável unido por um filho com poderes que rivalizavam com os seus. A vida era caótica, os dias eram barulhentos e o perigo espreitava em cada esquina (às vezes causado pelo próprio filho). Mas enquanto Saitama abraçava Tatsumaki, sentindo o calor dela ao seu lado, ele sabia que não trocaria aquela família psíquica e inacreditavelmente desastrada por nada no mundo. Afinal, mesmo entre explosões telecinéticas e socos devastadores, havia um tipo estranho, mas genuíno, de amor florescendo. E talvez, só talvez, fosse o tipo de amor mais forte de todos.

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